Você já se perguntou como a comunicação não violenta (CNV) pode ser o alicerce para o sucesso de uma empresa?
Muitas vezes, os atritos com outros colaboradores e lideranças não estão nas ideias em si, mas na forma como elas são transmitidas.
Principalmente se você gere um negócio, quando se convive com certos problemas — governança intrincada e a pressão por resultados imediatos, só para exemplificar —, saber falar (e ouvir) faz toda a diferença.
Mas, e se eu te disser que a chave para navegar por esses “mares agitados” pode estar justamente na capacidade de fazer isso, até mesmo na hora do conflito, de forma mais humana e conciliadora?
Afinal, mesmo que haja o sentimento, o caminho sempre será para um acordo.
É por que, quando me perguntam sobre o tema, eu sempre digo que CNV não se trata de mais um conceito bonitinho: é uma ferramenta poderosa para desatar nós e criar um ambiente de trabalho mais harmônico e produtivo.
Como é também uma dúvida sua, chegou a hora de descomplicar esse tema e mostrar como ele pode, na verdade, ser uma grande inovação dentro da sua empresa.
Vem comigo?
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Afinal, o que é a comunicação não violenta (CNV)?
A comunicação não violenta (CNV) é uma pequena maravilha que pode ser um verdadeiro game changer no mundo corporativo.
Criada pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, a CNV é uma abordagem que nos ajuda a estabelecer conexões mais empáticas e eficazes, tanto pessoal quanto profissionalmente.
Imagine isso: em vez de uma conversa carregada de críticas e defesas, você tem um diálogo onde todos se sentem ouvidos e compreendidos.
É um sonho!
E é exatamente o que a CNV defende.
Para isso, ela se baseia em quatro componentes-chave: observação, sentimento, necessidade e pedido.
O objetivo é expressar-se de maneira clara e compreensiva, sem julgamentos ou acusações, focando em como podemos atender às necessidades de todos os envolvidos.
No dia a dia empresarial, com todas essas pressões e desafios, a CNV pode ser uma verdadeira salva-vida.
É quase como um poder de transformar conflitos em oportunidades de crescimento, de abrir portas para uma comunicação mais autêntica e, quem sabe, até mesmo para uma gestão mais tranquila e eficiente.
Afinal, quando falamos de resultados, não estamos apenas falando de números, mas também de relações humanas saudáveis e produtivas.
Componentes da comunicação não violenta
A CNV diz respeito a saber se comunicar com empatia.
Então, depois de ter citado os 4 pilares, agora é hora de dissecar esses componentes, sempre associados a essa ideia central.
Afinal, o que cada um significa dentro dessa comunicação?
Vamos ver!
Observação
Começamos com a observação, o primeiro passo para desarmar qualquer bomba de mal-entendidos.
Aqui, o truque é descrever uma situação sem adicionar julgamentos ou avaliações pessoais.
Pense nisso como um jornalista relatando um fato: apenas os detalhes concretos do que foi visto ou ouvido.
Em uma rotina agitada, isso significa abordar questões sem pré-conceitos ou críticas veladas, mantendo o foco nos fatos. Afinal, uma boa observação é a base para qualquer conversa significativa.
Necessidades
Agora, falando sobre necessidades.
Gosto de dizer que esse é o coração da CNV.
Aqui, mergulhamos no que realmente importa: as necessidades humanas universais, como respeito, autonomia, segurança e compreensão.
No ambiente empresarial, reconhecer e expressar essas necessidades pode ser um divisor de águas!
Isso cria um terreno comum onde a empatia floresce e os conflitos se desfazem.
Sentimento
Quando se fala do pilar do sentimento, conectamos os fatos observados às nossas emoções.
O desafio é articular como certas ações ou situações nos fazem sentir.
Em uma posição de liderança, reconhecer e nomear sentimentos pode ser uma ferramenta poderosa para criar um ambiente de trabalho mais humano e menos mecanizado.
Expressar vulnerabilidade e compreensão emocional pode realmente fortalecer a confiança e o respeito mútuo.
Pedido
Neste componente, é o momento que expressamos claramente o que gostaríamos que acontecesse, transformando nossas observações, necessidades e sentimentos em ações concretas.
Mas atenção: um pedido genuíno da CNV não é uma exigência.
É um convite para a ação, aberto a negociação, ok?
Como líder, por exemplo, formular pedidos claros e abertos pode encorajar a colaboração e o engajamento, evitando a amargura de expectativas não ditas ou mal interpretadas.
Qual é a importância da comunicação não violenta nas empresas?
Por que, afinal, a comunicação não violenta (CNV) é tão crucial no ambiente empresarial?
Sei que pode parecer apenas mais um desses conceitos da moda, mas a verdade é que ela tem o poder de transformar completamente a dinâmica do local de trabalho.
No fim de 2020, a Aberje conduziu a pesquisa inédita Comunicação Não-Violenta nas Organizações no Brasil.
Pois bem, a pesquisa revelou que dos dez estados emocionais mais assinalados, cinco correspondem a sentimentos ligados às necessidades não atendidas, em especial esses dois: (52%) e cansaço (47%).
E não para por aí: a apreensão, o desânimo e a frustração também marcam presença neste estresse emocional.
E sabe o que é ainda mais intrigante?
A falta de empatia foi o grande problema do estudo. 89% dos colaboradores deixaram claro que isso é uma prática fundamental.
Lembra que eu falei que essa empatia era a base da CNV?
Então, é claro que a comunicação não violenta cria um espaço onde as pessoas se sentem seguras para expressar suas ideias e preocupações, sem o medo de serem julgadas ou reprimidas.
Isso não só eleva a moral, mas também encoraja a criatividade e a inovação — dois ingredientes-chave para o sucesso empresarial.
Em um mundo onde as empresas estão constantemente buscando se destacar, a CNV pode ser uma forma, percebe?
E inclusive, não muito convencional, já que muitas empresas não dão qualquer atenção para isso.
Mas, isso está mudando, ainda bem: o Instituto CNV Brasil, por exemplo, viu a procura por seus serviços de treinamentos para empresas crescer 80% de 2020 para 2021.
O pedidos de treinamentos com mais de 9 horas dobraram se for comparado o primeiro semestre de 2022 com o mesmo período de 2021.
Já para as lideranças, então, a CNV é uma ferramenta valiosíssima (que reflete nelas e nos outros).
Ela permite que os líderes construam relacionamentos mais fortes e confiáveis com suas equipes.
Ao aplicar a CNV, eles podem criar uma cultura de abertura e transparência, onde os funcionários não têm medo de falar e, mais importante, se sentem ouvidos.
Isso é fundamental em um cenário empresarial onde a pressão por resultados rápidos e a governança rigorosa podem criar um ambiente estressante e pouco convidativo para o diálogo.
Além disso, a CNV ajuda a mitigar conflitos, que são inevitáveis em qualquer organização.
Mas em vez de deixar esses conflitos minarem a moral da equipe, a CNV oferece um caminho para resolvê-los de maneira construtiva e positiva.
No final das contas, ela é uma aliada na busca por um equilíbrio entre as necessidades humanas e os objetivos empresariais.
Como isso não é importante?!
Como praticar a comunicação não violenta com a sua equipe?
Quer transformar seu ambiente de trabalho em um oásis de comunicação eficaz e compreensiva?
Bom, você sabe o que eu vou te dizer.
Mas talvez sua dúvida seja sobre como tornar a CNV uma realidade prática e não apenas um conceito bonito nas páginas de um manual de RH, né?
Então, vamos lá, eu te mostro o caminho!
Comunicação não Violenta: Observe os colaboradores e o contexto
O primeiro passo é sair da sua profissão original e se tornar um detetive do bem-estar da sua equipe. Observe não apenas o que os colaboradores dizem, mas como eles se comportam.
Estão mais silenciosos do que o normal? Parecem estressados?
Essas pistas são fundamentais.
Em um contexto digital, isso vale da mesma forma. Claro que sincronicamente é mais fácil, mas a comunicação assíncrona também pode ser analisada.
Só lembre que o contexto é rei, ok?
Entender o cenário em que sua equipe está inserida pode te ajudar a ajustar sua abordagem de comunicação.
Então, veja sempre de uma maneira coletiva.
Comunicação não Violenta: Identifique sentimentos
Agora, talvez, seja a hora que você precisa mergulhar um pouco mais fundo.
Identificar sentimentos não é fácil.
Mas vai muito além de perguntar “Como você está?”. É ouvir as entrelinhas, perceber a frustração, a alegria, o desânimo.
E aqui, a chave é a empatia (olha ela mais uma vez!).
Então, hora de sair do salto ou do mocassim e ir vestir outro sapato.
Como líder, reconhecer e validar os sentimentos da sua equipe pode ser o primeiro passo para construir uma ponte de confiança.
Não compare ou julgue
Essa é a hora de abandonar o “mas no meu tempo…” ou “isso não é nada comparado ao que eu passei”.
Nada legal, né?
Comparar ou julgar é como colocar uma barreira invisível entre você e sua equipe.
Cada pessoa é um universo único, com suas próprias experiências e desafios.
Respeite isso.
Evite comparações e julgamentos e mantenha a mente aberta para entender realmente o que cada membro da equipe está passando!
Busque compreender as necessidades
Entender as necessidades da sua equipe é como decifrar o código para um local de trabalho mais harmonioso.
Aqui não estamos falando apenas de necessidades profissionais, mas humanas.
Reconhecimento, apoio, clareza nas tarefas…
Às vezes, o que a equipe realmente precisa é ser ouvida e ter suas preocupações validadas.
A habilidade de reconhecer e atender a essas necessidades pode transformar completamente a dinâmica da equipe.
Argumente sempre
Por fim, chegamos na boa prática e de argumentar com CNV.
Isso não significa ganhar uma discussão, mas sim apresentar seus pontos de maneira clara e respeitosa.
Aqui, o objetivo é alcançar um entendimento mútuo, não declarar um vencedor.
Ao argumentar, foque nos fatos, explique seu raciocínio e esteja aberto a feedback.
É um diálogo, não um monólogo.
Ao adotar essas práticas, você não só melhora a comunicação com a equipe, mas também constrói um ambiente de trabalho mais saudável e produtivo.
Desafios para a comunicação não violenta no trabalho
Implementar a comunicação não violenta no trabalho pode parecer um passeio no parque, mas a realidade é que existem alguns obstáculos pelo caminho.
Vamos encará-los de frente e descobrir como superá-los?
Resistência à mudança
Mudar é difícil, especialmente em um ambiente empresarial. Quando você introduz a CNV, pode se deparar com ceticismo ou resistência, seja por desconhecimento ou por hábitos arraigados de comunicação.
A chave aqui é a persistência.
Mostre, por meio de exemplos práticos, os benefícios da CNV.
Faça workshops, treinamentos e mostre como a comunicação empática pode gerar resultados positivos.
Com o tempo, a resistência tende a diminuir à medida que os resultados se tornam visíveis.
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Falta de habilidade de escuta ativa
Nem todo mundo sabe escutar.
Alguns podem ouvir, mas não escutam de verdade.
Mas todo mundo pode aprender!
Para superar isso, incentive treinamentos focados em escuta ativa.
Aliás, crie um ambiente onde todos se sintam confortáveis para expressar suas ideias e preocupações, reforçando que todos os pontos de vista são válidos e importantes.
Desafios emocionais
Lidar com emoções no trabalho pode ser complicado.
Eu sei bem.
Algumas pessoas podem ter dificuldade em expressar seus sentimentos ou necessidades, enquanto outras podem sentir-se vulneráveis ao fazê-lo.
Para lidar com isso, crie um espaço seguro, onde a expressão emocional seja não apenas aceita, mas encorajada.
A CNV é muito mais do que falar.
Hábitos de comunicação negativos
Muitas vezes, o ambiente de trabalho é marcado por comunicação negativa, como fofocas, julgamentos ou críticas destrutivas.
Mudar esses padrões exige tempo e esforço.
Comece por si mesmo, sendo um exemplo de comunicação positiva e não violenta.
Reconheça e recompense comportamentos que refletem os princípios da CNV e, gradualmente, esses padrões negativos podem desaparecer.
Diferenças culturais e de personalidade
Cada pessoa é um mundo.
Sei que é clichê, mas a verdade é que todo mundo vive com sua própria cultura, personalidade e modo de se comunicar.
Então, se todo mundo é diferente, isso pode criar desafios naturalmente, percebe?
Por isso, entenda as diferentes dinâmicas e adapte sua abordagem justamente para acomodar essas variações.
A CNV não é uma camisa de força, mas um conjunto flexível de ferramentas que podem ser adaptadas a diferentes situações e pessoas.
Comunicação não Violenta:Conclusão
Definitivamente, a CNV não é uma panaceia que vai resolver todos os problemas de comunicação da noite para o dia.
É um processo, ou melhor ainda, uma jornada.
É sobre criar um ambiente onde todos se sentem valorizados e entendidos, onde as conversas não são batalhas a serem vencidas, mas pontes para uma compreensão mais profunda.
Sim, isso não quer dizer que não existam desafios. Resistência à mudança, dificuldades emocionais, hábitos arraigados…
Mas, como qualquer mudança significativa, os benefícios são enormes.
A CNV pode melhorar as relações, aumentar a eficiência e criar um local de trabalho mais harmonioso e produtivo.